Passando ontem pela Rua Duque de Caxias, proximidades da antiga Biblioteca Municipal, vimos esta placa indicando estarem embargadas as obras de limpeza que estavam sendo feitos nos prédios do Instituto Histórico e na velha Biblioteca. Aliás, parece-nos que a obra nada mais era do que a pintura de portas e uma pintura de paredes.
E quem embargou? O IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que eu pensava nem mais existir. O cargo de diretor em Parnaíba parece, claro, que está preenchido com um indicado político (quem indicou?) que não dá entrevistas e nem explicações à imprensa. Pelo menos vimos isso, recentemente quando uma emissora de TV procurou a pessoa para informações.
O que tem feito de positivo o IPHAN em Parnaíba? Só atrapalha. Enquanto isso os velhos prédios, velhas estruturas, continuam caindo aos pedaços porque o IPHAN aqui não faz investimentos. O Complexo Cultural Porto das Barcas está virando um cemitério de velhos casarões e não se faz nada. O IPHAN não deixa sequer que se toque naquela velha torre da antiga fábrica do Moraes, embora ela apresente riscos de cair e provocar acidentes.
Ainda em 2013 o ex-prefeito Florentino Neto, do PT, anunciou que a ex-presidente Dilma havia incluído Parnaíba no PAC das Cidades Históricas e, por conta disso, o Município iria receber 38 milhões de reais para recuperar, dentre outros prédios, o Instituto Histórico, o Grupo Escolar Miranda Osório, que é a sede do Curso de Direito da UESPI, a Igreja do Rosário, o Porto das Barcas, enfim, era dinheiro para recuperar tudo isso. Inclusive técnicos do IPHAN andaram fazendo estudos e levantamentos por aqui; o famoso deputado federal Assis Carvalho andou se metendo pelo meio e nada veio. Só mentira dessa gente do PT.
Lembram de quando o hoje deputado Dr. Hélio mandou derrubar o antigo Hotel Carneiro para fazer um estacionamento? Houve reações dos nossos garridos historiadores, gente embrulhado com a bandeira do Brasil, mas de nada adiantou. Está lá o estacionamento e hoje pouca gente sabe que ali era um prédio histórico.
Sem dinheiro para recuperar nada, por que o IPHAN não mete o rabo entre as pernas e deixa as coisas acontecerem?!!!
Em tempo: quem está contando para nossos jovens a razão de se preservar nosso centro histórico?
(Bernardo Silva)
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